20 de março de 2014

Laurindo Leal Filho: O Brasil da mídia e o país real

Hoje, quando abrimos jornais, ouvimos o rádio e vemos as TVs comerciais, o retrato é de um país à beira do abismo, tudo vai mal. Situação de quase pleno emprego, milhões de pessoas retiradas da miséria pelo Bolsa Família, pacientes atendidos em cidades que nunca haviam visto um médico antes são apenas alguns exemplos do Brasil ignorado pelo jornalismo “independente”.

Laurindo Leal Filho: O Brasil da mídia e o país real

Organizações denunciam posição antidemocrática de Folha e Estadão

Cerca de 80 institutos de pesquisa, grupos de assessoria jurídica popular, organizações de direitos humanos do Brasil lançam nota de repúdio ao editorial do Jornal O Estado de S. Paulo, de 3 de março deste ano, intitulado “Drible do Judiciário”. Na mesma esteira do artigo “Contra a Lei”, da senadora Kátia Abreu, publicado na Folha de S. Paulo, e da nota da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o editorial ataca propostas de mediação de conflitos fundiários rurais e deslegitima o direito à terra por comunidades, povos tradicionais e camponeses.
Organizações denunciam posição antidemocrática de Folha e Estadão

13 de março de 2014

Venício Lima: Contra evidências, Secom-PR não muda

Na fala inicial que o ministro Thomas Traumann da SECOM-PR fez ao apresentar a jornalistas a “Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 – Hábitos de consumo de mídia da população brasileira”, no dia 7 passado, ele afirmou, resumidamente, o seguinte:


“Todos sabemos as enormes transformações que estão acontecendo em relação a como e através de quais meios as pessoas se informam. Para o governo, este dado é uma das formas de avaliar as políticas públicas implementadas. A pesquisa que esta sendo divulgada é a mais completa já realizada no Brasil sobre o assunto. E, apesar de todos saberem que o acesso à internet vinha subindo, agora se comprova que ela está sendo usada cotidiana e rotineiramente como fonte de informação por quase metade dos brasileiros. Os jornais, todavia, permanecem sendo os veículos com maior credibilidade” [cf.http://www.youtube.com/watch?v=jN7h36xy9Ns].Por Venício Lima, na Carta Maior

Venício Lima: Contra evidências, Secom-PR não muda

'Mídia será o grande instrumento da oposição na eleição', afirma Altamiro Borges

“A mídia será o grande instrumento da oposição na eleição de 2014, que tem tudo para ser uma das mais sujas da história contemporânea do Brasil”. A aposta é de Altamiro Borges, jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Em palestra na sede da entidade, em São Paulo, realizada nesta terça-feira (11), ele e Renato Rovai, editor da revista Fórum, discutiram o papel dos grandes meios e das novas tecnologias de comunicação nas eleições de 2014. Em comum, a expectativa de um processo intenso, tanto do ponto de vista político quanto do jornalístico.Texto por Felipe Bianchi

'Mídia será o grande instrumento da oposição na eleição', afirma Altamiro Borges

4 de março de 2014

UNESCO lança manual para jornalistas de verdade

“A Investigação a partir de histórias: um manual para jornalistas investigativos”, por Mark Lee Hunter, é um guia já reconhecido por jornalistas investigativos de várias partes do mundo e publicado pela primeira vez pela UNESCO em 2009, em diversas línguas. Cinco anos mais tarde, devido à grande demanda, a UNESCO no Uruguai lança a publicação em espanhol e em português. As versões já estão disponíveis para download gratuito e se somam às outras cinco línguas previamente publicadas.


O valor e a importância da precisão, do cuidado e da busca detalhada de informações pelo jornalismo investigativo em uma democracia são cada vez mais reconhecidos. Suas contribuições são essenciais para a governabilidade democrática. A existência de um watchdog público que expõe e informa os cidadãos e cidadãs sobre as eventuais más práticas dos membros supostamente confiáveis da sociedade ou do governo é fundamental para uma democracia que funciona de forma saudável.


No entanto, Mark Lee Hunter sugere que o jornalismo investigativo envolve não somente cobrir o que não funciona bem. Ao longo da publicação, ele reforça: “Por fim, não busque apenas coisas que envolvam transgressões. É frequentemente mais difícil realizar um bom trabalho de reportamento sobre algo que está dando certo – entender um novo talento, ou um projeto de desenvolvimento que alcançou as suas metas, ou uma empresa que está gerando riqueza e empregos. Identificar os elementos replicáveis do sucesso, ou as ´melhores práticas´, é um valioso serviço aos seus expectadores.”


A publicação centra-se na abordagem baseada na investigação por hipótese. Todas as etapas do processo investigativo, desde a concepção, passando pela pesquisa, controle de qualidade, escrita e divulgação foram aplicadas e exaustivamente analisadas e bem ilustradas por estudos de caso reais em cada capítulo.


Devido à natureza do seu trabalho, jornalistas investigativos enfrentam, com frequência, muitos desafios inesperados, especialmente em países onde o Estado de Direito ainda não está consolidado. Na última década, mais de 600 jornalistas foram mortos e muitos mais sofreram ataques não-fatais. Além disso, tem havido um reduzido índice de condenação dos autores desses crimes.


Promover a segurança dos jornalistas faz parte dos compromissos de longo prazo da organização, por isso a UNESCO esteve envolvida, desde o início, com o Plano de Ação das Nações Unidas sobre a Segurança dos Jornalistas e a Questão da Impunidade, que foi aprovado pelo Conselho dos Chefes Executivos das Nações Unidas, em 12 de abril de 2012. A UNESCO também salienta a importância daliberdade de informação para o jornalismo investigativo.


A UNESCO reconhece não apenas a importância do jornalismo investigativo, como também promove frequentemente debates sobre a responsabilidade da mídia e os padrões profissionais e éticos, além de sublinhar as ameaças a que estão sujeitos os jornalistas durante o exercício de seu trabalho. Assim, fornece aos jornalistas informações, treinamento e sugestão sobre materiais que lhes permitam exercer melhor sua profissão. É o caso neste manual.


A UNESCO encoraja e apoia os jovens que estão interessados no jornalismo investigativo como uma vibrante carreira profissional e, portanto, a Organização está especialmente entusiasmada em oferecer esta ferramenta de trabalho ao público que fala português e espanhol. De acordo com o autor Mark Lee Hunter, “há uma série de reportagens investigativas importantes produzidas em espanhol e português, em países como Brasil, México e outros países latino-americanos, bem como na Europa, África e, em particular, em Moçambique”.


Baixe aqui a publicação (PDF):
em português
em espanhol
em inglês


Assista com comentários do autor:
em inglês com legendas em português
em inglês com legendas em espanhol 

FONTE: UNESCO.ORG

Prefeito de SP entrevistado por blogueiros